O amor, na perspectiva da Bioenergética, é uma emoção que mobiliza o desejo, conduzindo à proximidade, ao encontro do prazer e da vitalidade. Segundo Volpi e Leszczynski (2009), ao longo do desenvolvimento, o amor deve evoluir de uma necessidade inicial para uma sensação de completude. No entanto, a sociedade muitas vezes idealiza o amor como um ato de abnegação, enquanto marginaliza aqueles que buscam reciprocidade em seus relacionamentos.

A expressão do amor, no entanto, é frequentemente inibida pelo controle exercido sobre o corpo. Os bloqueios emocionais resultam em rigidez física, prejudicando a capacidade de entrega às sensações. Como consequência, o medo se instala, afastando-nos da experiência plena do amor e do prazer.

A separação entre amor e prazer é exacerbada pela cultura contemporânea, que tende a associar o amor à dor e ao sofrimento. No entanto, os autores destacam que o amor e o prazer estão intrinsecamente ligados à expressão corporal e à vitalidade.

Para superar essas barreiras, é fundamental reconectar-se ao próprio corpo e permitir-se vivenciar as emoções de maneira autêntica. Somente através desse processo de reconexão é possível experimentar o amor de forma plena e genuína, sem os entraves do medo e do controle.

Referências:
-Volpi, S. M., & Leszczynski, S. A. C. (2009). O confronto entre o amor, o prazer e o medo: uma reflexão bioenergética. In: Anais do 14º Congresso Brasileiro de Psicoterapias Corporais. Curitiba/PR: Centro Reichiano.

Acesse o artigo completo: https://www.centroreichiano.com.br/artigos/Anais-2009/VOLPI-Sandra-Mara-LESZCZYNSKI-Sonia-Ana-O-confronto.pdf

Um comentário em “O Confronto entre o Amor, o Prazer e o Medo: Uma Reflexão Bioenergética

  1. Toda pessoa deveria conhecer essas coisas. A melhor análise é aquela efetuada por nós. É tão bonito quando conhecemos quem somos e entramos em contato com nossos desejos, vendo-os de frente! Eu acho muito sublime e tenho praticado a análise de mim mesma ao longo do meu dia. Afinal de contas, já dizia a Pitonisa de Delfos: “Conhece-te a ti mesma(o).”

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